NEUROCIÊNCIA NA EDUCAÇÃO

Por SIMAIA SAMPAIO *

1. Porque, há algum tempo atrás, as escolas passaram a criticar a memorização tentando aboli-la da sala de aula?

      Este equívoco se iniciou quando as escolas passaram a utilizar o construtivismo como teoria norteadora do processo de aprendizagem. Entretanto, a adesão ao construtivismo trouxe muita confusão a respeito de sua prática e a memorização foi confundida com decoreba e marginalizada.

       Obviamente que o construtivismo trouxe muitos ganhos para o cérebro das crianças, pois se baseia em fazer relação entre o conteúdo e o contexto em que vive, levando em conta suas experiências, tornando esta aprendizagem significativa e armazenada na memória de longo prazo.

2. Porque é importante que o professor tenha noção do funcionamentodo cérebro?

     O cérebro trabalha e funciona melhor quando a informação tem significado para o aluno, por isso é importante que o professor tenha um conhecimento prévio do que seu aluno já sabe para que perceba se o que irá expor fará sentido para o aluno. O cérebro capta, analisa e transforma estímulos em conhecimento, portanto uma aula criativa, com estímulos é sinônimo de maior retenção de informações na memória.

3. Porque é importante levar em conta o conhecimento prévio do aluno?

      As informações que chegam são apenas dados que circulam pelo córtex cerebral passando por um tipo de seleção para serem arquivados ou descartados. Quando encontra sentido na informação é porque quem a recebe consegue fazer relação com uma informação pré-existente, transformando dados em aprendizagem.

4. O que acontece se não temos estas informações prévias armazenadas na memória?

     Neste caso a aprendizagem pode ser mais lenta, mas ainda assim pode acontecer. O aluno precisará ter maior contato com este conteúdo e o professor poderá facilitar este processo abordando o conteúdo de diferentes maneiras, principalmente usando os órgãos dos sentidos para sensibilizar a aprendizagem. Cada pessoa possui uma modalidade de aprendizagem. Alguns aprendem melhor com estímulos visuais, outros auditivos, outros táteis/sinestésicos, portanto um mesmo conteúdo poderá ser abordado de diferentes maneiras.

     O cérebro aprende melhor por associações e se o professor facilitar este processo como, por exemplo, utilizando pistas mnemônicas a memorização ocorrerá facilitando o armazenamento de conteúdos.

5. O cérebro consegue se lembrar de todas as informações a que é exposto ou é normal que isto não aconteça?

    Não e nem poderia. O cérebro consegue armazenar as informações mais relevantes e importantes, aquelas menos importantes não são armazenadas para que o cérebro não fique sobrecarregado e disponha de mais espaço para novas informações. É natural que os detalhes sejam descartados, mas podem ficar armazenados no inconsciente que poderá ser resgatado em um determinado momento sem que a pessoa precise fazer esforço. Se um determinado momento for vivenciado por forte emoção os detalhes podem ser guardados e lembrados por muito tempo, como a roupa que a pessoa usava quando deu o primeiro beijo, ou o perfume etc.

     É isto que está faltando nas aulas para que se tornem mais significativas para os alunos, serem recheadas de emoção e significado.

6. Como as informações chegam ao cérebro?

       As informações são captadas pelos órgãos do sentido visão, audição, paladas, olfato e tato que provocam impulsos elétricos e reações químicas em lobos diferentes. Após captar a informação estas são fragmentadas, classificadas e hierarquizadas e depois passam pelo hipocampo (que fica sob os dois hemisférios) para serem espalhadas pelo córtex (superfície do cérebro).

7. Como se pode definir memória?

     Memória é um conjunto de procedimentos que nos permite compreender e interagir com o mundo, levando em conta o contexto e as experiências individuais vividas pelo indivíduo.

8. Cite alguns tipos de memória.

Quanto à duração:
a. Memória de curto prazo – é usada para reter uma informação de forma rápida e depois descartada, como um número de telefone, tempo suficiente para efetuarmos a ligação, depois descartamos e eliminamos da memória porque não precisaremos mais dela.

b. Memória de longo prazo – também chamada de referencial tem a função de arquivar e consolidar as informações podendo durar, horas, meses e décadas, que são as chamadas memórias remotas como as memórias de infância. Para que esta informação tenha durado tanto tempo os estímulos recebidos geraram novas sinapses, consolidando a informação.

Quanto ao conteúdo:

a. Memória declarativa:
   a.1. Episódica, pois guarda fatos, episódios, acontecimentos, ou seja, as experiências vividas por cada pessoa. Normalmente é gravada por ter tipo alguma emoção, algo significativo.
   a.2. Semântica – guarda os conhecimentos gerais, do mundo externo, como significado das palavras e conceitos.

b. Memória não declarativa
   b.1. Memória de procedimentos – composta pelas habilidades motoras opu sensoriais .

9. Qual a importância da memória de trabalho?

    Memória de trabalho ou ativa - Este tipo de memória é importante para gerenciar a informação, percebendo a utilidade da informação e se ela deve ser descartada ou armazenada. No exemplo do telefone, se for um telefone importante somente naquele momento o cérebro não terá interesse em armazená-la, ficando na memória de curto prazo e descartada logo depois, entretanto se for um telefone que precise ser gravado, pois precisaremos ligar para ele várias vezes, como o da nossa casa por exemplo, ela passará para a memória de longo prazo, porque é uma informação importante que precisamos guardar.

10. Que estratégias o professor poderá utilizar para ajudar seu aluno a reter a informação?

- Criar conexões entre os novos conteúdos e os conhecimentos já existentes nos alunos;
- Estimular todos os órgãos dos sentidos para que o cérebro possa captar estímulos de diferentes maneiras como sons, imagens, gráficos, dramatização, músicas, piadas, etc.
- Não ficar tão preso ao texto e utilizar outros recursos como desenhos, gráficos, tabelas.

SIMAIA SAMPAIO – Psicopedagoga Clínica e especialista em Neuropsicologia da Aprendizagem.
Fonte: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/#!sobre-1/c142c

Atividades de Festas Jninas


Origem da Festa Junina 

Existem duas explicações para a origem do termo "festa junina". A primeira explica que surgiu em função das festividades, principalmente religiosas, que ocorriam, e ainda ocorrem, durante o mês de junho. Estas festas eram, e ainda são, em homenagem a três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Outra versão diz que o nome desta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem apenas a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial(época em que o Brasil foi colonizado e governado porPortugal)
Festas Juninas no Nordeste 

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas. 

Comidas típicas 

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural de milho verde, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. 

Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais. 

Principais tradições 

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste é tradicional a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.


Primavera: estação das flores em aulas remotas

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, ESPORTE, CULTURA E LAZER ESCOLAS; ALBINO CARLOS GUIMARÂES, VERISSÍMO FERREIRA DA SILVA, ESTEFÂNIO SIMÕES D...